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mardi 13 juin 2023

Caminhos retos - Evitando a tentação

 O Livro dos Espíritos, no capítulo IX, Livro Segundo, Intervenção dos Espíritos no Mundo Corpóreo, registra a pergunta 456, de Allan Kardec:

Os Espíritos veem tudo o que fazemos?

– Podem vê-lo, pois estais incessantemente rodeados por eles. Mas cada um só vê aquelas coisas a que dirige a sua atenção, porque eles não se ocupam das que não lhes interessam.

Pergunta 458:

Que pensam de nós os Espíritos que estão ao nosso redor e nos observam?

– Isso depende. Os Espíritos levianos riem das pequenas traquinices que vos fazem e zombam das vossas impaciências. Os Espíritos sérios lamentam as vossas trapalhadas e tratam de vos ajudar.

Pergunta 459:

Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?

– Nesse sentido, a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem.

Nas respostas às perguntas 460, os Espíritos esclarecem que a nossa alma é um Espírito que pensa; que muitos pensamentos nos ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto e frequentemente bastante contraditórios. Nesse conjunto, há sempre os nossos pensamentos e os dos Espíritos e isso nos deixa na incerteza, pois temos em nós duas ideias que se combatem.

Pergunta 461:

Como distinguir nossos próprios pensamentos dos que nos são sugeridos?

– Quando um pensamento vos é sugerido, é como uma voz que se vos fala. Os pensamentos próprios são, em geral, os que vos ocorrem no primeiro impulso. De resto, não há grande interesse para vós essa distinção, e é frequentemente útil não o saberdes: o homem age mais livremente; se decidir pelo bem, o fará de melhor vontade; se tomar o mau caminho, sua responsabilidade será maior.

O pensamento é uma força. No capítulo XIV – Os Fluidos, do livro A Gênese, Allan Kardec diz, no item 13 (Ação dos Espíritos sobre os Fluidos. Criações Fluídicas. Fotografia do Pensamento), que o pensamento e a vontade são para os Espíritos aquilo que a mão é para o homem.

O item 15 do referido capítulo esclarece que “o pensamento cria imagens fluídicas, e se reflete no envoltório perispiritual como um espelho; o pensamento toma corpo e aí se fotografa de alguma forma. Tenha o homem, por exemplo, a ideia de matar outro; embora seu corpo material esteja impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento, do qual reproduz todas as variações; executa fluidicamente o gesto, o ato que tem o desígnio de cumprir; o pensamento cria a imagem da vítima, e cena inteira se pinta, como em um quadro, tal como está em seu Espírito.

É assim que os movimentos mais secretos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler em outra alma como um livro, e ver o que não é perceptível pelos olhos do corpo”.

Jesus disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”. (Mateus, 26:41). E mais: “Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. (Mt., 6: 21.) Se obedecermos às Suas recomendações, entraremos sempre pela porta estreita, que nos conduz a caminhos retos, na longa estrada do bem e do mal.

Altamirando Carneiro – Evitando a tentação
                                                        – O Consolador, N.º 171 – 15/08/2010

lundi 12 juin 2023

Caminhos retos - Nova era

 “A ciência de Deus é a Caridade.”- Malba Tahan, no livro
“O homem que calculava”.

A condição de nosso planeta vai melhorar e isto já está em processo. Alguns estudiosos, dentre vários campos do conhecimento humano, reuniram-se para esboçar o que achavam serem princípios de atitudes mais espiritualizadas e os compilaram num documento chamado Combinados. Antes, animada confraternização ocorria.

O biólogo e a paleontóloga, atentos, escutavam a afirmativa ponderada do historiador:

― A Vida evolui sobre o tempo, como galhos frutíferos na árvore dos séculos.

A socióloga falava ao pedagogo e à psicóloga:

― Somos crianças espirituais! Esta é a melhor categoria de análise que encontro para as sociedades de nosso globo.

Imediatamente próximos, o astrônomo e o geólogo, que mantinham tranquila conversação sobre o tempo ser a dimensão espacial da eternidade, exprimiram com suave sorriso o deleite que sentiram com a resposta do pedagogo:

― Realmente, nosso planeta Terra é um Mundo escola e seu endereço é o Sistema Solar.

O economista expunha seu raciocínio ao interessado estatístico:

― O capitalismo egoísta conquista espaço através do consumismo quando muitas pessoas negligenciam o próprio cuidado mental e emocional. Vigiemos estes universos que trazemos em nós, que compõem o nosso verdadeiro capital!

O jornalista dizia ao matemático:

― Felicidade compartilhada socialmente é felicidade multiplicada.

A afirmativa estimulou no “homem que calculava” um acréscimo amigável:

― E isto é exato!

A engenheira elétrica apresentava sua opinião ao inventor e ao arquiteto:

― É a ocasião de inventarmos uma lâmpada que funcione para sempre dentro de nós mesmos.

E o agrônomo compartilhava com o administrador o princípio que o orientava:

― Colhemos o que semeamos, como causa e efeito. Semeiam-se bons afetos, colhem-se bons afetos.

Ao que o administrador buscava desenvolver:

― Então, nesta linha de pensamento, ao agir com educação sugerimos para nós educação. Correto?

Não muito distante, o físico permutava opinião com o psicanalista amigo:

 ― Embora em nosso plano físico não seja imediatamente nítido e palpável, nós permanecemos articulados às nossas próprias criações mentais, de modo que o pensamento se faz matéria.

O diálogo entre o teólogo e o músico seguia animado. Dizia o primeiro:

― Muitos são os caminhos que levam a Deus.

Ao que o segundo expôs sua opinião:

― Muitos são os caminhos e várias são as referências. No entanto, Jesus se destaca como o melhor diapasão que a humanidade recebeu.

― Inolvidável referência intelectual e moral, realmente. O Cristo revela a vida como um conjunto de nobres preocupações da alma, a fim de que marchemos para Deus pelo raciocínio e pelo coração em caminhos retos.

Do diálogo entre a médica e o enfermeiro surgiu o seguinte comentário, não sendo possível precisar a autoria:

― Jesus é o médico. No máximo, somos enfermos cuidando de outros enfermos.

A professora formada em Letras dizia enfática ao companheiro biblioteconomista, extraindo-lhe sincero sorriso:

― Deus escreve certo por linhas certas e sua caligrafia é a mais linda que eu já li! Ele pinga todos os “i”s da escr“i”ta da v“i”da.

E em prosa vibrante, o jovem ator cênico se dirigia a uma poetiza esboçando certo drama:

― Em certas ocasiões de nossa existência, a vida se afigura a arte de fazer das tripas o coração.

Ao que ela respondeu:

― Em certas ocasiões sim, em outras não.

E depois de breve pausa como se trabalhasse bem as palavras que ia proferir, disse: ― Mas sempre o Amor fará da vida a arte do encontro, mesmo que sejamos cheios de desencontros.

Um escritor, amigo da poetiza, completou-a com simplicidade, esclarecendo ao jovem ator:

 ― A vida é o contexto do encontro de cada autor com sua obra. E do Criador com a criação: há Alguém nos esperando...

O filósofo, que observava a pouca distância esta conversação e, em geral, não gostava de ser superficial no conhecimento dos fatos e das coisas, escutava os colegas com dignidade e alma de menino. Concluiu haver um Encontro Marcado e ponderou parecer-lhe que o livre-arbítrio consistia essencialmente em quando e como aceitar Deus.

Seu campo de visão alcançava também o jurista em diálogo empolgado com o cientista contábil:

― Nossa consciência é o verdadeiro tribunal divino, por isso a justiça indefectível nos acompanha em toda parte ― afiançou o jurista.

― Tudo vê, tudo ouve e tudo sabe ― validou o contabilista.

Por fim, o personagem “amigo da sabedoria” meditou, ao sobrevoar com o olhar o conclave científico no recinto, uma opinião própria que já trazia consigo de mais tempo. Eram muito evidentes os indícios da existência de uma inteligência que se manifesta no cosmos, na realidade e na vida. A cooperação, a bondade, a precisão, a ordem e a organização que se explicitam em todas as coisas são tão grandes que chegam a constituir evidências ontológicas da existência de algo suprafísico. E disse a si mesmo com tom sereno na voz:

― No universo inteiro, tudo fala de Deus.

Leandro Cosme Oliveira Couto, Nova era – O Consolador, N.º 185 – 21/11/2010

Leandro Cosme Oliveira Couto, membro da Mocidade Espírita da Associação Espírita Célia Xavier, de Belo Horizonte (MG), é Correspondente desta revista na capital mineira.

Caminhos retos - E os fins?

 “Mas nem todas as coisas edificam.” — Paulo. 
(1ª Epístola aos Coríntios, cap. 10, versículo 23.)

Sempre existiram homens indefiníveis que, se não fizeram mal a ninguém, igualmente não beneficiaram a pessoa alguma.

Examinadas nesse mesmo prisma, as coisas do caminho precisam interpretação sensata, para que se não percam na inutilidade.

É lícito ao homem dedicar-se à literatura ou aos negócios honestos do mundo e ninguém poderá contestar o caráter louvável dos que escolhem conscientemente a linha de ação individual no serviço útil. Entretanto, será justo conhecer os fins daquele que escreve ou os propósitos de quem negocia. De que valerá ao primeiro a produção de longas obras, cheias de lavores verbais e de arroubos teóricos, se as suas palavras permanecem vazias de pensamento construtivo para o plano eterno da alma? Em que aproveitará ao comerciante a fortuna imensa, conquistada através da operosidade e do cálculo, quando vive estagnada nos cofres, aguardando os desvarios dos descendentes? Em ambas as situações, não se poderia dizer que tais homens cogitavam de realizações ilícitas; todavia, perderam tempo precioso, esquecendo que as menores coisas trazem finalidade edificante.

O trabalhador cônscio das responsabilidades que lhe competem não se desvia dos caminhos retos.

Há muita aflição e amargura nas oficinas do aperfeiçoamento terrestre, porque os seus servidores cuidam, antes de tudo, dos ganhos de ordem material, olvidando os fins a que se destinam. Enquanto isso ocorre, intensificam-se projetos e experimentos, mas falta sempre a edificação justa e necessária. 

Elucidações de Emmanuel, E os fins? – O Consolador, N.º 198 – 27/02/2011 

Emmanuel, Livro: Pão Nosso, (cap. 28), (Chico Xavier)

Caminhos retos - Precisamos meditar e orar

Há momentos em que precisamos nos recolher para meditar com sinceros propósitos de analisar os acontecimentos à nossa volta, para que consig...